Mais de 80 mil mulheres morrem todos os anos no mundo devido à pré-eclâmpsia, uma condição grave e específica da gestação. A doença surge a partir da 20ª semana de gravidez e está relacionada a uma placentação anormal, afetando todo o organismo da mulher e sendo considerada uma doença sistêmica.
Entre os principais sintomas da pré-eclâmpsia estão a elevação da pressão arterial, a perda de proteína na urina, que pode ser percebida como urina espumosa, e o inchaço nas mãos, rosto e pés. Embora o inchaço possa ocorrer em gestações normais, ele deve ser sempre um sinal de alerta. Sem o devido acompanhamento, a doença pode evoluir para quadros mais graves, como a síndrome HELLP, o descolamento prematuro da placenta e até mesmo a morte materna. Além disso, a Eclâmpsia pode levar a internações prolongadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), colocando a vida da gestante em risco.
O impacto da pré-eclâmpsia não se restringe apenas à mãe. Quando a doença se agrava, compromete o suprimento de sangue para o feto, reduzindo a oferta de nutrientes e oxigênio. Isso pode prejudicar o desenvolvimento do sistema metabólico e cardiovascular do bebê, aumentando, na vida adulta, o risco de hipertensão, infarto, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes e até morte precoce.
A melhor estratégia para lidar com a pré-eclâmpsia é a realização de um pré-natal de qualidade. A identificação precoce dos fatores de risco possibilita medidas preventivas e um tratamento adequado caso os sintomas surjam. O acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a pressão arterial, a presença de proteína na urina e outros sinais indicativos da doença.
No Brasil, o Hospital das Clínicas de Marília (HCM) atende gestantes com pré-eclâmpsia por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), com encaminhamento pelas unidades básicas de saúde, e também por convênios, através da emergência obstétrica. Esse suporte especializado garante que as futuras mães recebam a assistência necessária para reduzir os riscos e garantir uma gestação mais segura.
Diante da gravidade da pré-eclâmpsia, é essencial reforçar a importância do pré-natal e da conscientização sobre os sinais de alerta. A saúde da mãe e do bebê depende desse cuidado preventivo, que pode fazer toda a diferença na evolução da gestação e no bem-estar a longo prazo.