A Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Funfarme) assinou, na tarde desta terça-feira (14 de janeiro), protocolo de intenções com o Governo do Amazonas para que, no futuro, o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) realize cirurgias em crianças daquele Estado que tenham cardiopatia congênita.
O protocolo foi assinado pelo diretor executivo da Funfarme, Dr. Jorge Fares, o governador do Amazonas, Wilson Lima, e o secretário de saúde daquele Estado, Rodrigo Tobias, durante a visita de ambos nesta terça-feira, ao complexo hospitalar.
O protocolo descreve como intenção do governo do Amazonas enviar 16 crianças por mês para serem operadas no HCM.
“Um dos grandes problemas da saúde no Amazonas é a fila de crianças com problemas cardiológicos. Enviaremos uma ou duas crianças para avaliarmos a viabilidade de serem atendidas. Temos, no entanto, que analisar várias questões que precisam ser atendidas em Manaus como em Rio Preto para chegarmos a um bom termo e firmarmos convênio”, afirmou o governador.
Dr. Fares disse que a Diretoria da Funfarme está otimista com a concretização do convênio. “Estamos dispostos tanto a colaborar com o governo do Amazonas para atender estas crianças, buscando resolver este grave problema de saúde pública, a mortalidade infantil das crianças com cardiopatia congênita, quanto dar apoio a eles para ampliarem e aprimorarem o atendimento em Manaus”, disse o diretor executivo da Funfarme.
O Hospital da Criança e Maternidade é referência nacional no tratamento de crianças com cardiopatia congênita. Já tratou de mais de 4 mil crianças cardiopatas de todo o Brasil, incluindo outros Estados da região Norte, como Tocantins e Rondônia.
“A nossa intenção hoje é, nesse primeiro momento, atender as crianças do Estado do Amazonas, ajudando a diminuir a fila e poder fazer essa parceria educacional. Se a gente puder colaborar para que eles continuem se desenvolvendo, será ótimo. É importante saber que de cada 120 crianças que nascem, uma vai ter problema no coração. Então um serviço como o nosso, que opera 450 cirurgias ao ano, só vai existir se operar crianças de várias regiões”, disse o cirurgião cardiovascular pediátrico Ulisses Alexandre Croti, chefe do Serviço do HCM.
“Nós estamos aqui num hospital referência nacional e o que estamos buscando são instituições como esta, modelos que deram certo e que têm resultados positivos, para que a gente possa também implantar esses sistemas no Amazonas”, ressaltou o governador.
HCM – referência nacional
Com uma estrutura de oito andares, além de térreo e subsolo, com capacidade instalada para 180 leitos, o Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto ocupa uma área de 18 mil metros quadrados e integra o complexo hospitalar da Funfarme, um dos maiores do Estado de São Paulo, que reúne, também, o Hospital de Base de Rio Preto, o Ambulatório de Especialidades, o Instituto do Câncer, o Hemocentro de Rio Preto e a unidade do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro. O complexo hospitalar é referência no Brasil em assistência, ensino e pesquisa, oferecendo atendimento humanizado e moderna tecnologia a mais de 1,5 milhão de habitantes de 102 municípios da região Noroeste paulista.