Mais de 300 pessoas participaram do evento que contou com seis palestras ministradas por especialistas
O Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto promoveu, nesta sexta-feira, 19, o 1º Fórum Multidisciplinar do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mais de 300 pessoas, dentre profissionais da saúde e público geral, assistiram a seis palestras ministradas por especialistas, das 7h30 às 12h, no Centro de Convenções da Famerp.
Participaram do evento famílias de pessoas com TEA e lideranças da área da saúde das 104 cidades que fazem parte do Departamento Regional de Saúde (DRS-15). O objetivo é conscientizar as equipes sobre como atender e cuidar das crianças com TEA nas cidades da região, a partir de técnicas e protocolos utilizados no HCM. Além disso, a ação visa à difusão de conhecimentos com o intuito de prevenir preconceito e desinformação.
O HCM atende, em média, 40 crianças com TEA por mês. Devido ao grande volume de atendimentos, o hospital promoveu iniciativas para acolher melhor o grupo como, por exemplo, uma sala de espera dedicada aos pacientes da emergência.
"Hoje atendemos com pacientes de com diferentes graus de autismo. A ação do HCM busca auxiliar profissionais da saúde a intensificar seus conhecimentos sobre TEA, realizando atendimento mais humanizado e acolhedor", afirma a diretora técnica do HCM, Dr. Fernanda Del Campos.
Dentre as principais apresentações está a palestra da Dra. Regina Albuquerque, neuropediatra, sobre os motivos do aumento da prevalência de crianças com autismo. Além dela, a psiquiatra infantil, Dra. Simone Seco, aborda as diversas formas de apresentação do espectro.
O evento teve também com uma mesa redonda para debater os temas abordados. A ação foi encerrada com o relato da mãe de uma criança com TEA, que durante anos precisou de atendimento no HCM devido a uma leucemia. As inscrições para o evento eram gratuitas e se esgotaram em menos de um dia.
“Há um aumento no número de crianças diagnosticadas com autismo nos últimos anos. A ação permite a população e os profissionais de saúde da região a entender melhor o que é TEA”, afirma a enfermeira de gestão de qualidade do HCM, Priscilla de Souza Fava.